sábado, 30 de maio de 2009

Ele Nietzsche e os laços afetivos

Ele Nietzsche e os laços afetivos







Certa vez encontrei , em uma louca viagem à Salvador uma pessoa incrível.
Nossos caminhos se cruzaram literalmente .Foi uma das experiências mais bonitas de minha vida. Foram poucas pessoas que conheci com abertura intelectual, sensibilidade e disponibilidade que realmente, impressionaram-me.Ajudou-me com bagagens, com informações e ainda com tempo para uma conversa enquanto despedia-se de seu irmão . Foi ainda no Aéreoporto que

citei-lhe Nietzsche e minha profunda identificação com este filósofo.
Do breve encontro nasceu uma amizade.Trocamos telefones após gentilmente ter-me acompanhado na noite alta , numa atitude cuidadosa . No decorrer de minha estada na cidade, passamos algumas horas percorrendo as ruas de Salvador. O Pelourinho mostrou-me com seus olhos de historiador, geólogo e artista.

Ao retornar passamos a nos corresponder, foram poucas cartas e imenso aprendizado, trocamos livros e nos perdemos...Hoje Rubens Antonio encontra-me através da Comunidade CF4 , no Orkut, creio que foi este o ponto de encontro; Recebi deste um E Mail lembrando de que lhe havia enviado um Livro de Nietzsche anos passados, identificando-se.
Que surpresa espetacular ! Havia esquecido-me deste fato, certo que lembro de suas letras e do livro sobre Pedras Preciosas da Bahia que ofereceu-me entre outra preciosidades .Bem nos reencontramos no universo virtual agora,nesta tarde onde maio despede-se com chuva generosa aqui no RS, assim como generosas sempre são as colheitas dos verdadeiros encontros.Pois bem sem querer alongar-me, passei a seu convite ,em um de seus Blogs e, encontro no final de seu excelente trabalho sobre Nietzsche prediletas citações do filósofo, que não resito em compartilhar , afinal amigos são realmente aqueles que conhecem bem nossa alma !

- Só alcançaremos êxito se formos fiéis a nós mesmos... Sou inteligente porque demonstro afabilidade, sem qualquer grão de soberba ou desprezo secreto...
A minha fórmula para a grandeza do ser humano é “Faça o Amor!” a qualquer tempo-

Ao querido Rubens Antonio meu grande brinde e à vocês deixo o convite à leitura do Trabalhoacima mencionado desta vida singular -


Nietzsche e o Nazismo - Nas asas da Mentira e, se desejarem a um texto meu, bstante singelo intitulado Auto realização em busca da felicidade...
Bem esta é minha contribuição ao belíssimo Jornal do C F4

, com meu afetuoso e grato abraço , virgínia f. além mar -imagem Escher

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mario Benedetti -Uruguay, 1920-2009 - Rincón de haikus



El mar de todos
no es como mi mar
el me conoce

La poesia
dice honduras que a veces
la prosa calla
-
Mario Benedetti - Hace tiempo que soy lector de haikus, pero confieso que el primero que me sedujo como forma poética se lo debo a Julio Cortázar, cuyo título postumo, Salvo el crepúsculo, fue tomado de un notable haiku de Matsuo Bashoo (1644-1694): "Este camino / ya nadie lo recorre / salvo el crepúsculo".
Años después me enteré de que la traducción pertenecía a Octavio Paz (en colaboración con Eikichi Hayashiya).

No sigas las huellas de los abtiguos
busca lo que ellos buscaron.
-Matsuo Bashoo-

domingo, 17 de maio de 2009

Arrebatamentos EBook

clique aqui para ler
EBook Arrebatamentos

http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1556409

parabenizo a iniciativa da Comunidade Poemas a flor da Pele
na pessoa de Soninha Porto e demais coordeadoresà amiga Bilá Bernardes meu agradecimento especial por ter-me convidado a este evento .
Aos Poetas que integram a Antologia bem como aos Artistas Plásticos
meus cumprimentos .
A obra está belísssima e fico imensamente honrada ,
abraços a todos da comunidade Poética

psicofilopoesia



Alguns pensamentos

Eliana f.v. – Li Andorinha

Em mim...sentidos estranhos povoam
Redemoinho de pensamentos
Num conflito constante

Conquistador é o estar só...
mas também, o com-viver é charmoso
São como... a rosa e o beija-flor

Perfeito seria se o afeto
estivesse mais presente
sem assim aprisionar.. .
o colorido de cada um

Que a gentileza fosse...
amorosamente exercida

E o cuidado para com todos os seres...
Interagisse com encantamento. ..
Deixando livre... Nossas almas
#################

A bela Poesia reflexão da Poeta Li Andorinha fez lembrar-me da fábula dos Porcos Espinhos atribuida ao Filósofo do sec. XIX Arthur Schopenhauer citado pelo
n. menos talentoso S. Freud. Somos realmente muito parecedos com porcos espinhos no inverno ...
Aprender a medida ( distancia )ideal é o desafio de uma saudável convivencia ...
Dilemas humanos demasiadamente humanos...
Relembrando a Parábola dos porcos espinhos ...
Um dia de inverno glacial, os porcos espinhos de um rebanho apinharam se a fim de se protegerem contra o frio pelo calor recíproco, salvando-se assim do congelamento.Porem, dolorasamente encomodados pelos espinhos, eles não tardaram em voltar a se afastar uns dos outros. Obrigados a reaproximarem-se por causa do frio persistentem, sentiram novamente a açao desagradavel dos espinhos; estas alternâncias de aproximação e afastamento duraram ate que eles encontraram uma distancia conveniente onde puderam melhor tolerar os males.

Um episódio da vida do filófoso- Em 1821 residia Arthur S. numa pensão, cuja maioria dos moradores eram senhoritas de idade avançada e tinham o desagradável hábito de espionar a chegada de supostas amantes, recebidas por Schopenhauer em seus aposentos. Certa noite, Schopenhauer, perdendo a paciência com uma destas visinhas a costureira Caroline-Louise Marquet e atirou-a escada abaixo. Foi processado e condenado a pagar mensalmente até a morte da curiosa moça, uma quantia consideral , por vinte anos !
Durante este longo período Schopenhauer estava bastante deprimido, aborrecido com o saldo negativo de sua reação impetuosa...
O Filósofo foi autor da grande, entre outras obras importantes, de O Mundo como Vontade de Representação , denominado por Nietzsche de "o cavaleiro solitário", faleceu, com 72 anos de idade, vítima de pneumonia num mes de setembro de 1860. virgínia além mar
sejam bem vindos ao artefilospsipoesia

sábado, 16 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

otium -Bom final de semana !

"euthymia” -

Bom final de semana !

Não só a criação é poética. Também a contemplação é poética. - M.Heidegger



na tranquilidade
chronos não me fere
usufruo de kairós
e da eternidade - virgínia

O ideal grego de ócio chegou a Roma por meio das obras de Aristóteles,
Platão e Epicuro.
Um dos primeiros romanos a se dedicar ao estudo do ócio foi Sêneca.
Para Sêneca , a simplicidade é considerada uma virtude, e a vida, tranqüila

e contemplativa.

A serenidade deve ser cultivada como uma aspiração da alma e ausência de inquietação, próxima do ser divino. O cultivo da mente através da meditação deve ser um dos objetivos do homem para que possa viver em harmonia. Os gregos chamavam este equilíbrio da alma de “euthymia”, cuja interpretação

se aproxima do conceito de “tranqüilidade”. Alguns filósofos da modernidade também refletiram sobre a necessidade do ócio para o homem.

Nietzsche inicia o prefácio de sua obra Crepúsculo dos Ídolos ressaltando a serenidade como um meio para se atingir o êxito na vida. Afirma que “o ócio

é o começo de toda a psicologia”.

Em outra obra, Nietzsche declara a necessidade do homem vivenciar o ócio,

pois está estreitamente relacionado à contemplação. O filósofo denuncia
que “por falta de tranqüilidade a nossa civilização se transformou numa nova barbárie”.

Há uma valorização excessiva das atividades em detrimento de momentos contemplativos,
“em nenhum outro tempo os ativos, isto é, os intranqüilos, valeram tanto”.

Nesse contexto, muitos eruditos se igualam aos “homens ativos”, pois

valorizam essa espécie de fruição precipitada; “os eruditos se envergonham
do otium (ócio)”

Nietzsche prossegue fazendo uma ressalva:
Se o ócio é realmente o começo
de todos os vícios, então ao menos está bem próximo de todas as virtudes; o ocioso é sempre um homem melhor do que o ativo – Mas não pensem que, ao falar de ócio e lazer estou me referindo a vocês, preguiçosos .

Os homens ativos rolam como pedra, conforme a estupidez da mecânica –

Todos os homens se dividem, em todos os tempos e também hoje, em
escravos e livres; pois aquele que não tem dois terços do dia para si é
escravo, não importa o que seja: estadista, comerciante, funcionário ou
erudito. - Nietzsche .

Russell outro filósofo da modernidade, em suas obras, aproximou-se da questão do ócio (ele diz que foi educado conforme os “preceitos do provérbio alemão segundo o qual o ócio é o pai de todos os vícios”. O filósofo revela que passou a vida inteira trabalhando arduamente por ter acreditado nesse preceito. Apesar disso, faz um “elogio ao ócio”, por considerá-lo necessário ao equilíbrio humano.

“o prazer real e permanente é a serenidade. Nada produz tanta tranqüilidade como fazer poucas coisas, não se meter em ações desagradáveis e não ir além das próprias forças” Epicuro

Cabe ao homem aprender a vivenciar o ócio, contemplar , admirar e vivenciar kairós - tempo qualitativo que se opõe a chronos - tempo quantitavivo) e reinventar-se ...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

às mães

mãe

tuas mãos
apagam amargura
teu corpo
leito ...
textura
*virgínia


às mães



um abraço diário, constante

renovador
da esperança

acolhedor
na saudade

vivificante
ao olhar que
orgulhosamente sadio
empresta confiança e coragem
aos seus,
afetuosamente, virgínia

quinta-feira, 7 de maio de 2009

poetando


Uma histeria colectiva
Arrasta as multidões
Para um mesmo lugar,
Sem destino determinado.

Do Mundo,
A Identidade,
Evadiu-se.

O estereótipo,
Instalou-se,
E a monotonia,
Permanece.

A ilusão do Mesmo,
Quedou-se.
Abafou-se
A diversidade. -
Isabel Rosete Aveiro Portugal http://isabelrosete .blogspot. com/ http://isabelrosete heidegger. blogspot. com/http://isabelrosete filosofias. blogspot. pt http://www.prof2000 .pt/users/ secjest/Isaroset e/omeupensamento viaja.htmhttp://www.vaniadin iz.pro.br



como E s C r e Vejo-me
* virgínia além mar
quando creio-me vazia escrevo
e percebo o quão repleta de imagens estou
as palavras carregam meus símbolos
inauguram outros
atam-me às estrelas
puxam-me ao fundo do oceano
retorno amanhecida ...

quando em mim não caibo também escrevo
e retorno ao vazio que ansiava
como as marés não cesso
sedo ao diálogo íntimo e universal
costurando figuras na borda do pensamento...
um mel jorra nesta fonte
uma cratera encontro
um vulcão reacende ...

ainda gemo, flamejo
ainda cresço no solo de mim mesma
ainda semeio chamas a ao meu redor ...

escrever é circular, é revolução...
é reencontro com águas, terras, sol
e ar
e mais um punhado de mar ...
* virgínia