terça-feira, 9 de novembro de 2010

Leveza - *virgínia além mar

Leveza - *virgínia além mar


A garoa fria rega meus sentimentos   Um rumor, a princípio estranho,

Surge em meu peito, apenas por momentos  A estranheza constrói catedrais e componho...



Na pele arrepiada as cores do arco íris suponho Pensamentos, de foro íntimo, como botões se abrem  Contrariando a química, o frio aquece os que sabem  Da ternura adormecida no sonho...



Oh! Quão grande são as ondas d´ oceano  Que através da garoa fina navegam   E, dentro do mais profundo revela o que amo



Silenciam os corredores do cotidiano   O etéreo faz-se presente e, em naus prossegue   Adentrando a noite diversa e fecunda, o que me faz leve...



&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&


Foto: “Garoa”, do flickr uyra1, tirada no Vale do Anhangabaú.




“Alguns não aceitam que, na vida do outro, um desejo qualquer se manifeste. Preferem amar cadáveres” ccalligaris

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fertilidade no dia de Saudades - 02 Novembro...- virgínia além mar

Hoje não é dia de tristezas mas de saudades, saudades é sentimento daqueles que ficam dentro do peito, em nossas veias, em nossos mais profundos pensamentos, que de alguma forma nos afetaram, modificaram nossa maneira de olhar e sentir a existência.
Hojé é dia em que as sementes são lembradas nos frutos e flores.
Dia de Pitangas maduras...
Tem coisa mais delicada que uma Pitangueira em flor ?

 
Existe algo tão saboroso quanto colher, na primavera, pitangas, pequenos frutos lustrosos de aroma peculiar...

Pois neste dia de saudade e reverência vou visitar o local onde jazem inertes (?) os ossos de meu falecido Pai. Sobre o gramado que cobre seu túmulo uma frondosa Pitangueira resiste além das orquídeas. Os pássaros entoam os cânticos da fertilidade nesta época alimentando-se dos frutos e insetos . Sob a sombra das folhas lustrosas , colho alguns frutos e ergo os olhos em gratidão e saudade deste que foi o primeiro ecologista que conheci, um homem de visão; meu amado pai. Portanto hoje é um dia especial não só de relembrar o quanto fui por ele influenciada e, a importância de cultivar o silenciar dos ruídos do mundo para entrarmos em nosso íntimo e aprofundar o conhecimento de nós mesmos e, descobrir o que tece nossos “agoras”... Talvez isto seja eternidade...



O dia dos Mortos, é uma tradição milenar, sendo um dos cultos mais antigos, presente em quase todas as religiões. Inicialmente era ligado aos cultos agrários e de fertilidade.

Para os mais antigos, os mortos eram como sementes, e por isso eram enterrados com vistas à ressurreição.

A Morte está associada à fertilidade. Alguns povos primitivos celebravam ( e ainda mantém-se em algumas culturas a tradição ) de celebrar o Dia de Finados com fartos banquetes junto aos  túmulos. Povos  primitivos rogavam pela  proteção de seus ancestrais  para plantações e boa fortuna nas colheitas.

Na antiguidade greco-romana, o culto das almas (manes) era celebrado com o cerimonial da vegetação.

Hipócrates ( considerado pai da medicina), baseado na mesma crença, afirmou que os espíritos dos defuntos “fazem germinar e crescer as sementes”.

Os hindus comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal do período.

Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio.

Para os católicos, dizer que quando uma pessoa morre tudo acabou não é verdade. Os católicos crêem que o testemunho de vida daquele que morreu fica como luz acesa no coração de quem continua a peregrinação. Para tanto, eles acendem velas no Dia de Finados, buscando celebrar e perpetuar a luz do falecido.

A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, 1º de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem em santidade, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.

fonte paragrafos grifados - internet.