terça-feira, 27 de dezembro de 2011

reflexões de Ano Novo -Elenir Burrone -Efemeternidade=Linda de fazer doer a Reflexão da mestramig Elenir Burrone, para não esquecer que a vida é magia efemera de infinita beleza...sacrilégio perdê-la de vista! abraços a todos !


Efemeternidade


Sejamos eternos enquanto vivemos
Sejamos eternos enquanto sonhamos
Sejamos eternos no que realizamos
Sejamos eternos no que recebemos
Sejamos eternos no que damos
Sobretudo sejamos eternos
Na efemeridade do que somos
Porque do Eterno recebemos,para amar ser respeitada,
A vida de que desfrutamos.
(infinita enquanto dure)

Beijos de sua amiga e admiradora,
Elenir Burrone -Oficina Literária Pasárgada -Mococa - SP -tel: (19)36564048

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Divino presente

Divino presente

Naquele dia enfumaçado e quente de uma primavera que não pintava verão de jeito nenhum, só me restava torcer por dias mais bonitos de céu imaculado e bons ventos. Não as rajadas que chegavam à tarde, traiçoeiras, fortíssimas, de quebrar vetustas árvores de minha cidade e amedrontar minha plantinha, tão delicada que se fecha à toa, Não, os pingões de chuva a bater ploc-ploc, na grade cilíndrica de metal de minha varandinha. Não os raios que realmente têm partido pessoas ao meio, nos arredores da cidade, como aviso prévio de que um dia nos partirão a nós, urbanos pouco interessados nas grande causas do Planeta.
De fato, sonhei. Recostada qual Maya Desnuda em meu sofá vermelhão-sangue, vieram à minha cabeça os quadros de Natais passados, bem passados. Estávamos na semana que antecede a grande data. Grande? Para mim, que sou católica sem questionar o que me incomoda na religião. E para alguns outros que vão à missa perto de nossas casas para evitar a preguiça.
Pensei no baú vermelho, decorado de preto, pintado por mim mesma, repleto de brinquedos dos meus filhos pequenos, doados aos pobres, na certeza de serem substituídos por outros, de tias, pais, mães e avós.
“ Que fiz eu do baú, Santo Deus? Sumiu por descaso, vontade de me ver livre da lembrança da infância de meus filhotes, que se acabara de chofre, me deixara com xarope de fel na língua para sempre.”
Sem cronologia, foi a vez dos presentes de ouro de meu pai ainda rico, obrigação imposta a sí mesmo, à época mais bonita e alegre da igreja católica. Hoje, contento-me com as imitações anti-ladrão. Mas, no fundo, protesto.
Mil lembranças e o cansaço me pesaram as pálpebras, em sono fora de hora. Deus sabe o que faz: se tivesse insistido no devaneio, viriam os cheiro da comida de minha mãe, a voracidade de meu primo imigrante ao comer, o gosto do vinho do Algarve, contrário à terra nortista de meu pai, presente mal bolado por um amigo...
Acordei duas horas depois, com meu marido recém-chegado do trabalho. Às mãos, discreto, um embrulho pequeno e caprichado. Abro o pacote com cuidado, sinto o odor de meu perfume predileto, sorrio ao homem gentil e, pronto, estou feliz no Natal, de novo.

Maria Lindgren

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Herança vermelha

Herança vermelha -  virgínia fulber * além mar poetinha


 A índia em mim quer saudar o sol
Viver nas orlas e mesclar águas
Correr sem abrigo burguês
Esculpir espuma matinal
Descobrir no barro tintas
Criar filho como masca buriti
Andar sobre areal quente
Desabrochar em sementes

A nativa em mim deseja o poente
Trilhar o caminho de leste à oeste
Deseja Peabiru perfazer
Encontrar sábio irmão da prata e alturas
Fazer estrada com os pés descalços
Sem macular vegetação, animais, fontes
Jovialidade manter no ar íris crendo...

A inocência em mim deleita-se com mel
Ornamenta-se com raios de luar
E uma pena de pássaro basta para sonhar
Mundo novo em inscrições desenha ao acordar
Nas ondas saliva o passado de rio
E na tempestade o futuro de águia vê

Vidente na ilha deseja ancorar
Pele vermelha vive no avesso
Deste corpo que abriga mente ancestral
Crente reverencia quem soube respeitar
Olhos d ´água, flor em destino...

Menina tupi-guarani te chamo
Quando há fome de mar!

Arqueira te busco
No escuro do qual brota estrela

Diana vermelha clamo por ti
Quando a saudade deseja dançar


Velha criatura rogo me tome
Para haver chuva que abraça
e esconde o que fez chorar...


Ao nascer do Sol canto
Em quase pranto
Encostada na pedra que elegi como minha
Nesta mágica Ilha do Campeche
Onde morada quis fixar !

* Ilha do Campeche SC BR- sítio arqueológico - reserva ambiental, onde há resquícios de povos sambaquis, Tupis e Guaranis- No Estado de SC em nosso País BR inicia-se o Caminho de Peabiru, caminho,trilha feita pelos índios que viviam no litoral (leste) e levava até o oeste, Andes. Um caminho onde havia trocas dos nosso Guaranis com os Incas, caminho sagrado e mítico, perseguia o percurso do Deus Sol, grande bola de fogo que dava origem ao dia e a noite. Este caminho com aprox. 5.000 Km, foi utilizado
Pelos espanhóis e portugueses para explorar a prata e o ouro e ainda expandir o território nacional. Dizem os historiadores que se não houvesse os povos nativos vivendo no continente, os europeus jamais teriam sobrevivido à mata e a selva aqui existentes, com seus perigos e rios caudalosos e animais ferozes.
Graças a sabedoria, conhecimentos indígenas de como convier e evitar os perigos, contorna-los, as Américas foram colonizadas pelos Europeus. Estes fizeram dos Índios seus escravos , eram chamados de ouro Vermelho ( valiam mais que o mineral) pois através deles apossavam-se da terra e conhecimentos.

É importante lembrar o quanto devemos aos Indígenas, conhecimentos, cordialidade e vidas sacrificadas, por neste paraíso chamado Brasil habitarmos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Vitória !

Vitória ! - virgínia fulber

Perdôo-me
E peço me perdoem
os adversários, a lucidez e a filosofia
Mas a voz soltei pra cantar
Meu time bicolor riograndense
Um GOOLLL bradei !


Assistindo rubro e branco
Perco identidade!
Misturo-me a multidão em coro;
Timão!


No coro minha voz some
Entre as mais jovens e potentes
Comoção ao final !

É fogo fátuo, alegria que pouco dura
Basta o pc ligar e noutras vou entrar...
Mas agora tremula bandeira
Palpita o peito, adrenalina a mil
Viro guria!


Salve Internacional
em direção à Copa Libertadores da América !


Obrigada meninos, vocês fizeram bonito
Por momentos perdi a noção
Foi embora filosofia
Viver bichoo de estimação...
Povo que por uma vitória
Sente o sabor da glória
Pelo menos num domingo...


Entregue ao fascínio das massas
Tornei-me mais humana, bastante demasiado
Valeu o rubor na face, vestimenta e bandeira
Me fez rejuvenescer...

Por que a vida é pouca tantas vezes
Para tantos, exigentes os chefes
A carteira vazia..
As mazelas do mundo imensas
Precisamos de alguns gladiadores
Para fugir e simplesmente gritar
É GOOOOLLLLLLLLLLLL!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eco-Ar-Te para o Reencantamento do Mundo - ' Livro mais Bonito do Mundo!!..."

A obra reúne vidas- Lutas  pela ecologia  tais como Leonardo Boff, Michèle Sato (UFMT) & Marcos Terena entre as demais  40 pessoas que acreditam e vivem o sonho de um mundo mais bonito... 

Eco-Ar-Te para o Reencantamento do Mundo (ref. 2254090) MICHÈLE SATO (Org.) - 2011 http://mimisato.blogspot.com/2011/12/eco-ar-te_02.htmlDescrição
Esta obra, fruto do trabalho de 43 criadores, conta com um conjunto de significações distribuídas por seis poéticas: texto, imagem, paisagem, poesia, som e corpo. E, de fato, considerar a arte é combinar as imagens, objetos, ideias, sonoridades e sentimentos numa relação intrínseca ao domínio da imaginação e da criação. Este livro quer ressignificar nossos olhares, convidando para as trocas de lentes a fim de que a realidade seja percebida de uma maneira diferente.

O título ´ECO-AR-TE´ foi escolhido por revelar três dimensões que conectaram os autores e, espera-se, tenham ressonâncias em outras pessoas: Ecologismo (eco) e Arte (ar) querendo se prolongar para além de nós mesmos (te). A eco-ar-te quer permitir que as pessoas percebam os fenômenos, as situações, os danos ambientais e as injustiças sociais, num jogo daqueles que não estão habituados a ter vitórias, mas jamais conseguiram perder as esperanças. O desejo é ir além da realidade cruel, resgatando o primitivo, os sonhos e as máscaras.
Sem a pretensão de guiar-se pelas teorias, escolas ou tendências, a proposta desta obra é alçar voos livres celebrando a intuição da arte como significados da Educação Ambiental. Como Michael Lowy, almeja-se uma revolução eco-socialista que aposta na mágica ideia de reencantamento do mundo. Não se trata de uma reinvenção da luz, mas de um jeito diferente de percebê-la. Como diria Lautréamont, é um convite para lançarmos um novo olhar que perceba que a poética da Educação Ambiental deve ser feita por todos.

A luta ecologista pode ser árdua, mas nada retira dela sua esperança em um mundo mais feliz.
Especificações - 360 páginas - 21x28 - Colorido - ISBN 978-85-7656-199-6

Sumário
Prefácio IX
Po-éticas da educação ambiental 2-Michèle Sato
I. POÉTICA DO TEXTO
Carta da Terra 11-Leonardo Boff
Ciência e Cultura 21-Marcos Terena
Educação Ambiental, Sociedade de Risco e o Desafio de Inovar para Modificar Práticas Sociais 28-Pedro Roberto Jacobi
Lições da Ciência Natural: A Arte de Aprender no Ambiente e com o Ambiente 35-José Gutiérrez-Pérez
Movimento Artistas pela Natureza (MAPN) 46
Arte Popular: Trilheira para a Arte/Educação/Ambiental 52-Imara Pizzato Quadros
No Fio da Navalha 63 -Luiz Antonio Ferraro Júnior
Sonhos de Eduardo 73- Gabriel Felipe Kalb; Ivo Alberto Kalb
Civilização X Barbárie 82 -Wladimir Gomide
II. POÉTICA DA IMAGEM
Não Há Regras, Apenas Materiais 87-Burnell Yow
Surrealismo 94-Bernard Dumaine
Surrealismo na Veia de Magritte 100-Flávio Zanelatto; Michèle Sato
Educação Ambiental e Suas Relações com o Universo da Fotografia 108-Martha Tristão; Vitor Nogueira
Arte, Sociedade e Educação Ambiental: Um Reflexo das Organizações Sociais, Económicas e Políticas 116
Joaquim Ramos Pinto; Manuela Galante
O Cinismo do Mundo 134-Liete Alves
III. POÉTICA DA PAISAGEM
Crônicas de Viagem 146-Isabel Carvalho
Como Era Verde o Meu Sahel 167-Aidil Borges
A Arquitetura da Floresta 177-Valionel Tomaz Pigatti
Ponte da Misarela 181-Alfredo Mendes
Representaciones Sociales, Cultura y Gestión del Agua: Algunas Notas para el Debate-
Sobre Una ¿Nueva Cultura del Agua¿ en América Latina 185-Nidia Piñeyro
As Metáforas da Água e a Mediação entre Natureza e Cultura 196-Vera Lessa Catalão
IV. POÉTICA DO SOM
Madame Butterfly: De Benjamin Franklin Pinkerton a Bush ¿ O Ocidente no Banco dos Réus 203-Luiz Augusto Passos
Música Ambiente e Ambiente Musical (em Contraponto) 225-Herman Hudson de Oliveira
V. POÉTICA DA POESIA
Sou Ave Plantada no Céu 234-Gaivota
Poética Ambiental 239-Artur Gomes
Momentos Poéticos 249-Virgínia Fulber; Eliana de Faro Valença
Haikais da Natureza 261-Jiddu Saldanha
A Poética do Cerrado ¿ Uma Antologia de Autores Que Cantaram esta Antiga, Rica e Frágil Região Core do Brasil 266 -Rômulo Pinto Andrade
Poesia Reunida 284-Pat Mousinho; Ramón Vargas; Ricardo Vicente; Michèle Sato
VI. POÉTICA DO CORPO
Um Extrato de Âmbar Que Atravessa os Séculos 298-Michèle Sato
A Arte de Educar com Bonecos na Educação Ambiental 309-Maria Neuma Clemente Galvão
Escultura e Educação Ambiental 319-Rachel Trajber
Corpo, Mito e Ancestralidade: O Legado do Viajante 325-André Sarturi
Na Voragem do Olhar: Uma Visão Mitopoética dos Elementos 334-Luciana Pessanha Pires
Viagens entre os Mundos 338-Ivan Belém; Michèle Sato